Sobre o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA)

O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028 foi lançado oficialmente em julho de 2024 e busca posicionar o Brasil como um protagonista global no uso e desenvolvimento de IA. O plano é composto por várias ações estratégicas, com um investimento total estimado de R$ 23 bilhões ao longo de quatro anos. Esses recursos virão de fontes como o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o setor privado.

As iniciativas do plano incluem a criação de um supercomputador de alta performance, o Santos Dumont, que colocará o Brasil entre os cinco maiores centros globais de processamento de dados. Além disso, ele aborda áreas prioritárias como saúde, educação, agricultura e segurança pública. Por exemplo, na saúde, o PBIA propõe tecnologias para automatizar processos hospitalares e melhorar a precisão de prontuários médicos, enquanto na educação, foca no uso de IA para personalizar o ensino e combater a evasão escolar.

O plano também prioriza a ética e a governança no uso de IA, com iniciativas como a criação de uma “nuvem soberana” para proteger dados sensíveis e o desenvolvimento de regulamentações que assegurem o uso responsável dessa tecnologia. Além disso, visa promover a inclusão digital, capacitar profissionais em IA e apoiar startups e empresas tecnológicas para criar um ecossistema robusto no país.

Essa combinação de ações visa modernizar o setor público, promover inovação e garantir que os avanços em IA beneficiem toda a sociedade, de forma inclusiva e sustentável.

Principais Eixos e Objetivos do Plano:

  1. Educação e Capacitação: Investimento na formação de profissionais especializados em IA, desde a educação básica até a pós-graduação, fomentando o ensino de disciplinas relacionadas à tecnologia, matemática, e ciências de dados.
  2. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação: Incentivo à pesquisa científica, financiamento de projetos em IA, criação de centros de inovação e parcerias entre universidades, empresas e o setor público. O plano propõe fomentar a produção científica e o desenvolvimento de soluções tecnológicas para os principais desafios do Brasil.
  3. Aplicações em Áreas Estratégicas: O plano identifica áreas estratégicas para a aplicação da IA, como saúde, segurança pública, agricultura, mobilidade urbana e meio ambiente. A meta é usar IA para resolver problemas locais e melhorar a eficiência dos serviços públicos.
  4. Marco Legal e Ética: Um dos pontos centrais é a criação de um ambiente regulatório que trate de questões como privacidade, segurança cibernética, transparência e responsabilidade no uso da IA. A ideia é garantir que a IA seja usada de forma ética e responsável.
  5. Inovação e Empreendedorismo: O plano visa incentivar startups e pequenas e médias empresas (PMEs) a desenvolverem soluções baseadas em IA, oferecendo suporte financeiro, incubação e aceleração de negócios.
  6. Infraestrutura e Governança de Dados: Para suportar o desenvolvimento de IA, o plano prevê o investimento em infraestrutura tecnológica, como redes de telecomunicações de alta velocidade e a criação de um ecossistema de dados abertos.
  7. Inclusão Social: A IA deve ser usada para reduzir desigualdades sociais e promover inclusão, assegurando que os benefícios sejam distribuídos de maneira equitativa e que a tecnologia não reforce preconceitos ou discriminações.

Desafios e Oportunidades:

  • Desigualdade Digital: Um dos principais desafios é reduzir a disparidade de acesso à tecnologia no Brasil, especialmente entre as diferentes regiões do país.
  • Fomento à Inovação Local: Embora o Brasil tenha potencial para se destacar em IA, é necessário maior investimento em pesquisa e infraestrutura, além de políticas que incentivem a inovação local.

O Plano Brasileiro de IA faz parte de um esforço maior para modernizar o ambiente digital no país, promovendo inovação e enfrentando desafios sociais e econômicos através do uso inteligente da tecnologia.